A HOTELARIA
Foi em 1928, na confluência da Avenida Central com Atlântica, na saída da Praia, que Jacó Alexandre Schmidt instalou o primeiro hotel em Balneário Camboriú uma acanhada construção de madeira.
Nascia alí, o mais importante pólo comercial do município, pois ao redor do “Hotel do Jacó” convergiu toda a sorte de comércio. Em 1934, segundo o “Blumenauer Volkskalender”, o hotel já pertencia a Ingp Hofman. Neste mesmo ano, foi demolido o primeiro hotel e construído o famoso Hotel Miramar que permanece até hoje. No ano de 1934, estabeleceu-se em Balneário Camboriú o casal Paulo e Lilly Onckem que adquiriram a propriedade que pertencia a Carlos Fernandes e construíram o primeiro prédio de alvenaria do município de Balneário Camboriú, o hotel Balneário Camboriú, o mais antigo atualmente.
Em 1938 Alice Scherempper abriu uma hospedaria “Hotel Da Alice” que o vendeu alguns anos após para Inês Schmidt Harting, que o denominou “Praia Hotel”, popularmente conhecido como “Hotel da Alice”. Alguns anos após, vindo de Gaspar, Bruno Silva construiu o “Hotel Silva”, cujo prédio ainda se encontra na Avenida Central.
Mais tarde, de Camboriú, veio Baturité Campos e montou o “Hotel do Baturité”, posteriormente vendido para Evaldo Benthiem, que o denominou “Hotel Benthiem”. Vendido a Bruno Schroeder, tomou o nome de “Hotel Central”. Na década de 50, veio do Oeste Catarinense Adolfo Fischer. Inicialmente começou a suas atividades como garçom do Hotel Miramar. Algum tempo depois, arrendou o antigo “Terraço Boa Vista” fundado por Gerard Schepperes, e ali passou a trabalhar por conta própria. Homem de visão , adquiriu uma extensa área de terra no Canto Sul da Praia e ali construiu o famoso “Hotel Fischer”.
Sua visão foi além das expectativas gerais, não faltando palpites de que Fischer era um louco: construir um hotel de classe internacional num deserto como era o Pontal. Na década de 60, tivemos a valiosa participação do dr. Osmar de Souza Nunes da cidade de Itajaí. Osmar Nunes iniciou a construção do mais famoso hotel de Balneário Camboriú o “Marambaia Cassino Hotel”. Foi em 1967 e o nome do balneário Camboriú soou além das fronteiras nacionais, sendo manchete nos jornais de maior circulação, dando conta de que Balneário Camboriú possuía um hotel de forma circular. Atualmente com um sólido fluxo turístico, Balneário Camboriú possuí o maior parque hoteleiro do Sul do Brasil.
(Trecho do livro histórico de duas cidades: Camboriú e Balneário Camboriú, do historiador Isaque de Borba Correa)
A HISTÓRIA DE UM SINDICATO
Corria o ano de 1972, quando em 10 de agosto reuniram-se no Hotel Miramar em Balneário Camboriú, um grupo de hoteleiros para debaterem os problemas da classe. De antemão estavam conscientizados da premente necessidade de se organizarem em defesa das muitas. A cidade se transformava da noite com recente emancipação política, as projeções de crescimento, mesmo as mais otimistas, eram suplantadas ao final de cada ano.
Com tal situação os problemas começaram a surgir muitos com um dimensionamento que fugia da capacidade de resolução no âmbito individual.
Urgia a união de todos, para achar soluções. Era este o estado de espírito dos presentes á histórica reunião do Hotel Miramar.
Ali Estavam:
Paulo Willerch – Egon Prochnow – Mário Sieverdt – Indio Candido – Moacir dos Santos – Ingomar Gumz – João Jorge Pio – Joel Rogério pires – Osmar S. Nunes – Klaus M.E. Fischer – Luiz Carlos Ghedid – Dalva Berm Mafra – Hilário Silveira – Andréas Pischeinmeister – Leonato Hullus – Weligton Lemos – Milton Benites.
Às 19:30 hs. , iniciaram- se os trabalhos, tendo o hoteleiro Klaus M.E. Fischer proposto que os mesmos deveriam ser dirigidos pelo hoteleiro Paulo Willerich, proposta logo aceita por todos, sob grande aclamação. A partir desse momento cada um se manifestou levando sua opinião perante essa assembléia. Ao final, concluíram que a idéia que os havia trazido a essa reunião era um imperativo e se fazia necessária sua concretização e, todos como única voz, deram como fundada a Associação de Hotéis e Similares de Balneário Camboriú.
Nomearam, para incumbência da legalização da entidade a diretoria provisória constituída por:
Paulo Willerich | Klaus M.E. Fischer | Egon Prochnow |
Presidente | Secretário | Tesoureiro |
Essa Diretoria Provisória, com determinação, iniciou seus trabalhos e logo depois, apresentou o projeto dos Estatutos da entidade para apreciação dos associados.
Aprovados em 12 de agosto de 1.972, os Estatutos passaram a reger a vida da Associação. Logo foi marcada para 13 de setembro de 1.972 a eleição da primeira Diretoria, convocada conforme as normas estatuárias.
O pleito se deu, na data aprazada, no Hotel Blumenau, transcorrendo em clima tranqüilo de camaradagem respeitosa, saindo eleitos:
Klaus M.E. Fischer | Andreas Piscnmeister | |
Presidente | Vice-Presidente | |
João Jorge Pio | Bruno Schroeder | |
1º Secretário | 2º Secretário | |
Egon Prochnow | Ingomar Gumz | |
1º Tesoureiro | 2º Tesoureiro | |
Paulo Wilerich | Moacir dos Santos | |
Diretor de Patrimônio | Diretor de Relações Públicas | |
Índio Candido | Welligton Lemo | Mário Sieverdt |
Conselho Fiscal | Conselho Fiscal | Conselho Fiscal |
Dalva B. Mafra | Milton Benites | José Mello |
Suplentes | Suplentes | Suplentes |
Empossada a diretoria, a Associação passou por um intenso período de trabalho. Reunia-se alternamente, no hotéis associados. Fizeram-se gestões, as mais diversas, visando a movimentação do balneário.
Promovem-se o 1º Encontro de Hoteleiros de Santa Catarina.
Os assuntos sucediam-se na pautas da reuniões, Cobrança do Iss, mão de obra especializada formada pelo Senac, campanhas promocionais em jornais do Paraná e São Paulo, Sunab, tabelas, água, esgoto e outros.
Em reunião de 18 de abril de 1974, o hoteleiro Moacir Santos, aborda a necessidade de melhor exploração do segmento das Agências de Turismo, tendo em vista as poucas reservas de grupos. Em outra reunião realizada no Hotel Tiroleza a 22 de agosto de 1974, Klaus M.E. Fischer, pela primeira vez, fala em transformar a Associação em Sindicato apresenta um projeto base, com a documentação necessária a ser providenciada. No entanto, diante a complexidade do assunto, fica decidido fazer um amplo estudo, para no futuro voltar a ser apreciada a questão.
A luta continua, todos os assuntos de interesse da comunidade são tratados.
Associação, pode-se dizer, está á frente no tempo e das necessidades de Balneário Camboriú e isso podemos compreender, pois sendo as hotelaria a atividade preponderante da cidade, era, evidentemente o termômetro, o radar dessas necessidades, cujas captações se davam , na maioria das vezes, com grande antecedência.
Exemplo:
O pedido feito, por Mário Sieverdt, em reunião realizada dia 15 de agosto de 1.975, para o apoio á contrução de molhe de entrada do Rio Camboriú, com as justificativas do benefícios que traria, para o turismo e salvaguarda da ecologia. Na mesma reunião o Hotel Pires cedeu uma sala, temporariamente, para a sede da Associação.
Muita luta e barreiras a vencer. Essa era a vida da Associação.
Por iniciativa de Klaus M.E. Fischer, voltou a ser discutida a possibilidade da transformação da associação em Sindicato, com a aprovação dos presentes. Desta data em diante se acelerou a transformação, conforme se constada pela ata reunião de 25 de agosto de 1977.
Finalmente, em 31 de maio de 1978 é fundado o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Balneário Camboriú, em Assembléia Geral Extraordinária, convocada para esse fim. A sessão teve início com a assunção do sócio Moacir dos Santos, para a presidência da sessão, auxiliado pelos sócios Osmar Nunes Filho, Ademar de Moura e constituindo Luiz Schram e Egon Prochnow, como escrutinadores dos pleitos eleitoral e da aprovação dos estatutos. Ao fim dos trabalhos estavam aprovados os estatutos da nova entidade e a Diretoria como:
Mário Sieverdt | Osmar N. Filho | Paulo L. Schram |
Presidente | Secretário | Tesoureiro |
Sempre em frente, no sentido de dotar nosso balneário das condições necessária para os turistas que nos visitam, prossegue o Sindicato, na sua missão.
Os assuntos se sucedem:
Saneamento básico – esgoto – especialização em Turismo – Congresso – Campanhas contra concorrência desleal de aventureiros, em detrimento do comércio regularmente estabelecido etc.
Andréas Pischemeister , do Hotel Tiroleza, em 28 de setembro de 1978, solicita que seja oficializado ao Prefeito no sentido de se dotar a cidade de instalações de Corpo de Bombeiros. Chamamos atenção para que se note que o Sindicato e, anteriormente a Associação sempre anteviram as premências da comunidade e até a presente data, mantém o mesmo princípio.
Em 25 de setembro de 1980, em Assembleia Geral Extraordinária os Associados do Sindicato, são chamados a opinar sobre a extensão da base territorial do Sindicato, com a incorporação de Porto Belo, Itapema, Camboriú, Brusque, Itajaí e Navegantes. Mais uma vez Klaus M. E. Fischer arcou com a tarefa a explanação dos benefícios que adviriam da extensão da base territorial e para congraçamento e fortalecimento da categoria.
A história do Sindicato está pontilhada de gestos de grandeza e dentre estes ressaltamos a campanha a favor os flagelados das enchentes de nosso Estado.
As campanhas promocionais e publicitárias para o estímulo da atividade turística tem sido como forma de fortalecimento dos negócios da categoria e da cidade.
Os movimentos progressistas do balneário da região, nasceram no Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.
Essa postura tem sido observado por todas as suas diretorias desde quando era associação até os dias atuais.
O Sindicato através dos anos graças ao trabalho de suas diretorias granjeou a admiração e respeito no âmbito das entidades sindicais de todo país. A atuação de seus lideres se faz presente na Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina, entidade de grau superior dos quais o Sindicato foi um dos fundadores e incentivador de sua criação.